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resumo

   "NHANDEREKÓ: Nhanderekó é como nós, guarani mbyá, chamamos o que o juruá chama de cultura, mas nhanderekó para nós é mais do que isso. É todo o nosso modo de ser, o nosso modo de viver, o jeito como nós educamos nossos filhos e nossas filhas, como enxergamos o mundo, como nos relacionamos com a nossa espiritualidade. É impossível para o juruá entender o que é nhanderekó, porque somente vivendo é que se compreende o que ele é. Mas nós queremos que juruá aprendam mais sobre a nossa cultura - sobre o nhanderekó - pra que diminua o preconceito que eles têm." (Comissão Guarani YVYRUPA)

 

 

    A ocupação do território brasileiro tem origem com os povos indígenas que, devido suas crenças e tradições, vivem em harmonia com a natureza e seu ecossistema. Durante o processo de urbanização, intervenções intensas foram submetidas ao meio ambiente, de forma a adaptá-lo conforme as necessidades do homem não indígena, ocasionando grandes desmatamentos, esgotamento dos recursos naturais, poluição dos recursos hídricos, escravização de povos indígenas e de origem africana em prol dos interesses dos colonizadores. Como o modelo de desenvolvimento urbano do território brasileiro se dá em prol dos interesses político, sócio e econômicos de uma minoria, as formas de cidade resultam em um sistema excludente e com um panorama complexo, constituído pela resistência cultural dos povos desvalorizados, precariedade urbana ocasionada pela expansão desordenada das cidades e os altos custos de vida e das infraestruturas urbanas, fragmentação da malha urbana por barreiras físicas naturais ou artificiais, resultantes das ações antrópicas.


    Visto isso, a problemática escolhida para enfrentamento no projeto parte das Pressões Urbanas recentes (estabelecidas pelo Mercado) sobre as áreas de transição, onde existem núcleos culturais de resistência e áreas de proteção ambiental importantes no ecossistema em grandes escalas. Abordando, conjuntamente, questões como a precariedade urbana, suporte e desenvolvimento humano, lidando justamente com as Estruturas de Força sobre as resistências culturais, como os indígenas e quilombolas; fragmentação do tecido urbano, desconexão da mobilidade na cidade como unidade e a questão do impacto ambiental decorrente da atividade econômica, expansão urbana, desmatamentos e ocupações irregulares em áreas de risco e proteção ambiental.


    Direcionando para o distrito do Jaraguá como área de estudo, localizado na Região Noroeste da cidade de São Paulo, compreendido como uma amostra metropolitana, em se tratando das diversas questões presentes que compõe fragilidades e potencialidades à área de estudo e, devido sua escala, possibilitando planos e projetos que busquem minimizar as questões negativas, maximizar as questões positivas e valorizar as culturas ali presentes.

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Imagem: TEKOA ITAKUPÉ | Thiago carvalho wera'i

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